Hyper Light: A magnitude dos jogos indie - Carta Verde

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quarta-feira, 22 de março de 2017

Hyper Light: A magnitude dos jogos indie




Não é de agora que os projetos de jogos indie mostram a riqueza e a enorme capacidade que possuem para cativar quaisquer daqueles que se interessem. A indústria de games, algo visto antes como área onde somente empresas profissionais pudessem atuar tornou-se um campo aberto de concorrência entre desenvolvedores profissionais e  desenvolvedores desconhecidos, trazendo uma variedade imensa de histórias, músicas, sistemas de jogo, puzzles e etc.

Hyper Light Drifter, um jogo de ficção e aventura desenvolvido pela empresa Heart Machine, chega para mostrar que é possível sim desenvolver um grande projeto com uma equipe pequena e desconhecida e ainda assim atrair uma corrente de fãs e seguidores fanáticos da história. Como um dos fãs do jogo, convido vocês a conhecer um pouco da magnitude que tem esse projeto.


História

O início da história é apresentado no vídeo de abertura do jogo e explorado nos monólitos que você encontra dispersos no mundo. Os monólitos contam a história de uma raça que conseguiu muitos avanços científicos e tecnológicos, sendo impulsionados por um desejo enorme de continuar o progresso da civilização.
Conta a história que uma grande célula imortal foi construída com o propósito de imbuir toda a vida sensível. Esta célula é apresentada no jogo, e assemelha-se muito com o diamante gigante que vemos no decorrer da história.


Essa célula traria a imortalidade ao mundo, unindo as almas de seus habitantes. O problema é que nem todas as pessoas aceitaram bem esta invenção, e depois de atentados contra a máquina ou algum tipo de guerra travada a célula foi atingida e explodiu, causando uma enorme explosão que devastou a terra e criou uma fenda, convocando os titãs para o mundo.


O Drifter (Vabagundo) encontrou os titãns e derrotou eles, mas o poder da célula não foi destruído. Ela ainda permaneceu no coração do mundo, corrompendo a sí mesmo e seus habitantes. O nosso herói vagou ao centro da terra para destruir o poder da célula, mas
a corrupção dela era muito poderosa e ele não conseguiu completar sua missão, morrendo ainda no caminho.
No começo do jogo Drifter é ressuscitado. Gravemente ferido e contaminado pela corrupção do mundo como é mostrado com o demônio que o ataca logo na introdução do jogo ele deve explorar o mundo e ativar os módulos de energia que mantêm a célula do núcleo segura. Somente desse modo ele pode parar a corrupção de uma vez por todas.

Com o passar do tempo você pode observar os efeitos devastadores que a corrupção causou no mundo:
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O agressivo e violento povo sapo governado pelo primeiro desafio do jogo, um sapo gigante que devora pessoas.


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As pessoas pássaro que formam um culto que ganha poder sacrificando suas próprias pessoas. 

As poucas pessoas que sobreviveram ao apocalipse contam histórias de como eles tiveram de se esconder em suas casas, atacados por criaturas corrompidas, ou também como elas lutaram lado a lado com os Drifters para destruir os titãs.

Trilha Sonora


A trilha sonora do jogo é simplesmente impecável. Conta com faixas que te colocam exatamente no drama que é viver um mundo pós-apocalíptico, sem nenhum exagero sonoro e nada do piegas clichê do terrorzinho romântico. Existem momentos do jogo onde você realmente sente uma ansiedade ao entrar em determinado lugar, ou sente-se apreensivo com o fundo silencioso e melancólico que os compositores sonoros Disasterpeace e Akash Thakkar conseguiram colocar de maneira muito bem pensada.


Aqui vai um gostinho das melhores faixas do jogo:








Gráficos

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Os gráficos de Hyper Light Drifter retomam com certo tom nostálgico a beleza que eram os jogos 16 bits, porém de maneira completamente bem trabalhada, de modo que as animações de batalha e movimentos são muito realistas e fiéis ao gênero de jogo proposto. 
Pode-se atribuir de  certo modo uma certa influência em jogos como Castlevania, pois ao meu ver os ataques são muito parecidos na questão da animação, mas isso não significa que os designers não conseguiram trazer algo lindo e novo de se admirar, com personagens que possuem características únicas  e cenários ainda mais magníficos.



Considerações finais

O jogo em si parte do princípio do action-rpg e segue fielmente esse modelo do início ao fim, com boas animações de batalhas, inimigos que seguem a risca o título de inimigos e chefes que chegam a fazer você querer desistir em certos momentos. A jogabilidade do jogo é muito suave e agradável, do tipo que demora muito para cansar. Já a trilha sonora do jogo é espetacular, e consegue transmitir toda a sensibilidade do estado do personagem principal.

Nota: 4,5

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